Espontaneidade das crianças. Menores e maiores.

Eu estava lembrando de quando a Iasmim era mais novinha e de como ela esta hoje em dia. Lembro-me que quando ela era bebê com uns cinco meses um senhor bem velhinho encontrou com agente na rua e brincou com ela e ela sorriu e ele achou aquilo uma gracinha. Teve uma vez que nós fomos na casa da minha primeira líder e ela tinha mais ou menos 2 anos e a mãe da minha líder e o padrasto começaram a brincar com ela e quando eu dei por mim ela estava dançando encima da mesinha da sala, claro que eu não sabia onde enfiar a cara, mas vi que na época eles ainda não tinham netos e ela fez a alegria deles, eles estavam amando aquela farra, relaxei. Quando íamos na casa do meu líder, ela chegava abraçava, beijava, fazia carinho e conversava muito com a mãe dele, queria dar a mão para as pessoas que andavam comigo conversando casualmente pelo meio da rua, um conhecido sem ao menos conhecer. Falava oi para as pessoas no ônibus que sentavam do nosso lado e batia maior papo como se aquela pessoa nos conhecesse a anos, tinha algumas que até trocava telefone. Houve um caso de um homossexual em um bar com minha irmã de falar que a única criança que ele gostava era dela, que ela chegava perto dele e o tratava como pessoa normal, que não ficava perguntando o pq que ele era homem e tinha cabelo grande e peito, minha irmã me contou essa história e achei lindo dela tratá-lo assim, no dia ela me contou que tinha conhecido a pessoa mas nem mencionou nada.

Hoje ela continua educada, mas ela esta perdendo aquela naturalidade que ela tinha, hoje ela não tenta puxar papo com a pessoa que senta do lado dela no ônibus se eu não estiver ao lado dela. Ela esta crescendo e esta fazendo muito mais porque foi ensinado do que por espontaneidade. Ontem fomos na casa do meu líder e tinha muito tempo que ela não ia lá, ela chegou e conversou com a mãe dele, abraçou e beijou foi muito educada com ela, mas sem aquele naturalismo que ela tinha.
Por um lado é legal ela agir assim pois vai crescendo e vai amadurecendo a ideia de que criança tem limites e que eu estou no caminho certo, mas por outro lado sinto saudade daquele serzinho gostoso que me fazia ficar vermelha quando falava ou fazia alguma coisa que eu jamais faria igual.