sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O drama do alcoolismo na minha vida ...

CALMA !!! NÃO SOU EU ....
Há muito tempo venho querendo falar sobre isso que estou enfrentando a anos, mais não queria misturar raiva, tpm e doença. Queria falar sobre isso com calma e muito discernimento.

Minha mãe é alcoolatra e não quer ser ajudada.
Vc que lê esse blog não imagina como é conviver com uma pessoa assim sob o mesmo teto.
Observo bem o que passa ao meu redor, convivo com pessoas que bebem "socialmente" se é que existe esse critério para bebida. Vejo em sites pessoas que bebem uma lata de cerveja na praia e depois vão embora felizes da vida, vejo pessoas que bebem muito e não chegam dando espetáculo em casa, observo o povo aqui no trabalho nos churrascos que tem de vez em quando para confraternização (o povo que gosta de confraternizar)e sou quase obrigada a ficar e por educação faço presença vip (ficar 15 minutos na festa e ir embora de fininho) e não vejo com excessão do funcionário que tem o mesmo problema que minha mãe, uma falta de ética em relação a bebida, eles bebem mais não dão vexame. Minha mãe tem uma amiga que chega em setembro para passar o natal em casa e vai embora em fevereiro e ela bebe muito, mais não fica chata como a minha mãe.

Quando eu não era mãe eu não ligava pra isso, mais analisando o pq eu não ligava, eu cheguei a conclusão de que eu não observava, pq eu não parava em casa, quando eu era pequena até os 9 anos ela bebia moderadamente com meu  pai pois os dois moravam juntos e quando a pessoa tem um companheiro, ela se controla mais, depois quando ela separou logo em seguida ela passou a "namorar" um cara que viajava com ela para o Espírito Santo e ficavam 15 dias lá e ficava 3 dias em casa, meu avô acabou de me criar com minha tia e no final de semana eu ia pra casa da minha vó mãe do meu pai e ficava nessa rotina, na adolescência rebelde e pevertida que eu tive, a rotina foi quase os 6 anos de adolescência a mesma coisa, ela saia pra trabalhar de manhã e voltava quando eu já tinha saído e no final de semana eu vivia fora de casa e quando eu chegava de madrugada ela já estava roncando literalmente.

Até que em 2003 Jesus fez uma revolução na minha vida (ai Deus obrigada, por tudo que o Senhor fez não me canso de agradecer), eu converti em termos e conheci e comecei a "namorar" o pai da Mimi e fiquei grávida e parei com a minha vida pra cuidar dela e passei a ficar em casa, pq sou contra ficar pra cima e pra baixo com bebês por aí, acho um desrespeito com a criança levá-la pra noitadas, bares e etc.

Foi o tempo que realmente conheci e comecei a viver e saber o drama que é o alcoolismo na vida e na família de uma pessoa que tem esse vício.
Vi algumas vezes ela vendendo sacos de arroz de 5 KG para ir para o bar tomar cerveja e lá quando acaba o dinheiro ela arruma quem pague pra ela.
Recentemente ela chegou com o olhar parado de embriaguês e começou a me atacar dizendo que eu não cuidava da Iasmim direito (não quero colocar o lado espiritual da coisa mais como o diabo usa a  minha fraqueza pra me atacar, ele sabe que falando mau do meu lado mãe ele vai conseguir me fazer pecar.) que eu não dava alimentação pra ela, neste dia eu apelei eu estava na maior alegria conversando no facebook com uns amigos e a conversa estava animada quando ela chegou quase meia noite e falando pra Iasmim pra eu ouvir, neste dia eu não aguentei, falei tudo que estava engasgado na minha garganta pra ela. O barraco foi tamanho que fiquei até com vergonha dos vizinhos.
Ela hoje não trabalha mais segundo ela, ela cuida da Iasmim, quando peço pra ela ficar com a menina no domingo para eu ir na igreja e economizar na passagem, quando volto descubro que ela levou a Mimi para o buteco que eu odeio que ela leva. Quando ela chega e eu estou conversando com a Iasmim ela passa por cima da minha autoridade e deixa a Iasmim fazer o que eu não queria que fizesse e começa a gritar, falar que vai quebrar meus dentes, que minha irmã na casa da minha tia arruma a casa e eu não arrumo a nossa casa, isso é verdade mais se ela esta lá pq ela não arruma, não ela fica lá de ressaca esperando melhorar, da 6 da tarde ela melhora e vai procurar quem da ela bebida.
O cúmulo do absurdo foi quando eu descobri que ela esta se relacionando com um rapaz de 30 anos pq ele da cigarro e bebida pra ela.

Sabe eu poderia ficar dias falando do jeito que ela esta agindo por causa da doença, mais prefiro acreditar que um dia ela vai sair dessa, que ela vai procurar tratamento e vamos viver sem isso.

Quando vejo um bêbado na minha frente tenho dois sentimentos, o primeiro é de raiva e revolta e quero ficar longe dele.
O segundo é de compaixão por ele e pela família pq sei que é difícil demais viver assim, que pode ser que eles não suportem viver sem aquilo mais tem tratamento e pode ficar melhor.

Eu particularmente nunca bebi, não suporto bebida, odeio cerveja e odeio bebidas em geral, só tomo suco e água, a pessoa pode beber do meu lado que pra mim aquilo não me atrai em nada. Tenho nojo disso e não sei como uma pessoa pode sentir prazer em beber. O pior é o cheiro no outro dia que fica insuportável.

Eu queria criar a minha filha em um ambiente saudável e dando bons exemplos pra ela, queria ter sabedoria de ajudar a minha mãe sair dessa. Meses atrás começou uma célula na casa da minha tia e com muito custo ela começou a ir o líder era uma gracinha, educado, atencioso e dava o maior apoio pra ela, tava dando um suporte pra família toda mais era muita coisa pra um ser só ele não suportou e teve também o fato dele precisar para a célula pra fazer um seminário. Ela melhorou um pouco mais quando acabou a célula voltou pior. Conversando com ele no facebook, ele falou que estava acabando o seminário e ia lá em casa fazer uma visita pra ela e conversar, mais até agora ele não foi.

Preciso ter mais compaixão por ela, ter mais amor no meu coração e clamar e pedir auxílio a Deus pq eu sozinha, não consigo nada.

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